De janeiro a setembro deste ano 64 casos
de abuso sexual contra crianças e adolescentes foram registrados na
Paraíba. O número é mais alto que os denunciados em todo o ano passado
que, de janeiro a dezembro, foram de 54.
Segundo a coordenadora do
Centro da Mulher Oito de Março, Fátima Aquino, desde que o mês de
outubro começou já foram cinco novos casos que ganharam grande projeção
em toda a Paraíba.
“Teve um caso em Alagoinha, um
estupro de incapaz, em Jacaraú, o crime de Boqueirão, em que um pastor
estuprou duas filhas e as vizinhas, Um caso em Mamanguape, em que uma
criança de dez anos foi estuprada pelo pai, pelo avô e por um grupo de
homens, e um pedófilo foi preso na noite de ontem em João Pessoa”,
explicou.
Ela revela que falta muita
informação sobre o crime por parte das pessoas que são responsáveis
pelas crianças e adolescentes. “Muitas vezes as pessoas não fazem ideia
de que aquilo que elas estão sofrendo é um abuso. As mães dizem que
aquele homem faz tanto bem, e ajuda tanto, e não enxergam que o que
acontece é justamente o contrário”, disse.
O abuso sexual de crianças e
adolescentes, desde 21 de maio deste ano é crime hediondo, inafiançável e
com pena de dez anos de detenção. “Além de acusar as pessoas que
ajudaram o crime a ser perpetrado e aquelas que foram omissas, ou seja,
que não se manifestaram quando souberam que o crime estava acontecendo”,
explicou Fátima Aquino.
Ela diz que, acima de tudo, a
denúncia para o Disque 100 e para o Disque 123 podem salvar crianças do
abuso. “É só assim que conseguimos fazer com que as denúncias cheguem ao
Ministério Público.
Da Redação
Com João Tiago
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