Foi com um novo bate-boca, envolvendo o presidente da Comissão
Parlamentar de Inquérito da Petrobras (CPI), deputado federal Hugo Motta
(PMDB) e, dessa vez, o deputado pernambucano Sílvio Costa (PSC), que
foi apresentado o relatório final da CPI da Petrobras, na noite desta
segunda-feira (19). No relatório, a CPI livrou de acusações a presidente
Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de
José Sérgio Gabrielli e Graça Foster, dois
ex-presidentes da Petrobras.Durante apresentação do relatório, os deputados Hugo Motta e Sílvio Costa trocaram acusações. Enquanto o pernambucano reclamava do resultado da CPI, Hugo Motta retrucou e esbravejou contra o parlamentar do PSC.
“Nós não vamos admitir esse tipo de desrespeito. Quem está alterado é vossa excelência, eu estou muito tranquilo. O tom quem dá é vossa excelência. Se vossa excelência se acalmar eu me acalmo, se vossa excelência se alterar, eu me altero. Vossa excelência escolhe a música. Eu não tenho medo de gritos de vossa excelência. Está aqui para tumultuar e nem membro dessa CPI vossa excelência é. Vossa excelência tem que me respeitar e respeitar essa CPI. Eu não estou pedindo a opinião de vossa excelência e outra coisa, o nescau que eu tenho tomado não é o que vossa excelência tomou”, falou Hugo Motta.
Já o relator da CPI, o deputado Luiz Sérgio (PT), disse que no autos do relatório não existe menção ao envolvimento da presidente Dilma com os casos de corrupção na Petrobras.
“Registro que, nos depoimentos da Operação Lava Jato, não há menção sobre o envolvimento dos ex-presidentes da Petrobras José Sérgio Gabrielli e Graça Foster ou de ex-conselheiros da estatal, como a presidente Dilma Rousseff. Também não há nos autos desta CPI qualquer evidência neste sentido ou ainda em relação ao ex-presidente Lula ou à presidente Dilma", justificou o deputado.
Ainda segundo o relator, a conclusão da CPI é de que a Petrobras foi vítima de cartel de fornecedores com a cumplicidade de alguns maus funcionários.
"O relatório final da CPI registra que é questionável a tese de que houve 'corrupção institucionalizada' na Petrobras. É até injusta essa hipótese, em particular com os milhares de trabalhadores da empresa", falou o relator.
Nenhum comentário:
Postar um comentário