14 de jan. de 2016

Acaba crise dos combustíveis, mas ministério público garante que vai punir culpados

Com estoque de 22 milhões de litros de gasolina nos tanques das distribuidoras, em Cabedelo, os órgãos envolvidos no sistema de abastecimento de combustíveis na Paraíba consideram que a crise acabou e que já existe normalidade no mercado, tanto na parte do atacado como no varejo, nos postos. A conclusão é de reunião realizada, nesta quinta-feira (14) pela manhã, na Sala de Sessões do Ministério Público da Paraíba, onde o representante da Agência Nacional de
Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), Siderval Vale Miranda, concedeu entrevista.
Segundo Siderval Vale, o motivo da falta de combustível na Paraíba se deu por dois motivos. “O primeiro foi no mês de novembro, por conta da greve nacional da Petrobrás, que trouxe impacto em relação aos estoques, e o segundo ocasionou porque teve um problema na refinaria Presidente Bernardes, esse problema impactou a produção, e é nessa refinaria que é enviada a maior parte dos combustíveis do Nordeste”, contou.
Já o diretor-geral do MP Procon, Glauberto Bezerra afirma que não se pode passar a mão na cabeça da Petrobras por esses fatores. “A greve dos petroleiros não pode ser usada como justificativa para a falta de combustíveis que ocorreu na Paraíba, porque a Petrobras é uma Companhia de grande porte que tem obrigação de prever estas situações”, disse Glauberto Bezerra, diretor geral do MP-Procon.
Segundo Glauberto, A Petrobrás tem a obrigação de não causar nenhum dano à população. “A constituição determina, e também é lei Federal, o estoque de combustível no Brasil pela Petrobras que é um monopólio deveria estar a nossa disposição, que não causasse prejuízos econômicos e danos coletivos morais, então nós temos o inquérito para apurar administrativamente as responsabilidades da Petrobrás com multa, e também a responsabilidade civil, inclusive dos diretores que foram imprevidentes, não planejando devida corretamente com eficácia e eficiência desejada pela população”, destacou.
Glauberto também destaca que a crise está resolvida, mas o inquérito continua. ‘’Quem cometeu o erro vai pagar por ele, inclusive do ponto de vista penal para aqueles que aproveitaram da fragilidade da população para ganhar dinheiro em cima disso, é crime, a lei determina e com todo rigor nós faremos. E esclarecendo que o próprio governo permitiu o aumento de combustível, então iremos analisar, dentro dos documentos, a receita estadual também nos ajuda nesse instante e vamos chegar ao final, quem cometeu, é crime e será punido, e quem cometeu infração administrativa também será punido, inclusive a Petrobras”, falou.
Petrobras fica na Paraíba
A presidente da Companhia Docas, Gilmara Temóteo, garantiu que a Petrobras continuará operando a partir de Cabedelo, destacou o trabalho do MP-Procon, disse ser impossível estabelecer um cronograma de chegada dos navios e garantiu que “a média de combustíveis que recebemos é de 50 a 60 mil toneladas por mês e a Petrobras informou que já foram faturadas para a Paraíba 50 mil toneladas que chegarão nos próximos navios e parte por caminhões”, contou.
Segundo Gilmara Temóteo, a população não vai mais passar aperto em relação a combustível. “Já foram descarregados 22 Milhões de litros de combustível na Paraíba toda, então com esse navio que nós recebemos ontem, e outro que chegou no dia 09 desse mês, os terminais localizados dentro do porto de cabedelo estão com 90% da sua capacidade de armazenamento preenchidos, o que dá um conforto para a população do que desrespeito a recebimento de combustíveis”, ressaltou.

Luana Barros/Correio da Paraiba

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