O Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) votou em sessão na noite desta terça-feira (9) a favor
da alteração da composição das bancadas dos Estados na Câmara dos
Deputados a partir de 2015. Com isso, a Assembleia Legislativa da
Paraíba terá uma redução em um sexto dos deputados estaduais, passando
de 36 para 30. Já a representação paraibana na Câmara Federal perde dois
deputados federais, passando de 12 para 10.
Os ministros do TSE
usaram o Censo de 2010 para fazer os novos cálculos, preparados pela
corregedora, ministra Nancy Andrighi. Ela fez cálculos que levam em
conta a população do estado e a quantidade mínima e máxima de
parlamentares permitidos por lei (oito e 70), além do quesito da
proporcionalidade exigido pela Constituição.
A proposta foi
elaborada pela ministra que participou, no ano passado, de audiência
pública do tribunal sobre o assunto. “Espelhando o atual quadro
demográfico, houve modificações importantes na distribuição populacional
no país. A última proposta é hábil a concretizar a proporcionalidade
entre as populações que deve ter nos estados e representação na Câmara
Federal”, disse a ministra, em referência aos cálculos feitosa.
Acompanharam
o voto da relatora os ministros Laurita Vaz, Henrique Neves, Luciana
Lóssio e Antonio Dias Toffoli. Abriram a divergência o ministro Marco
Aurélio Mello e a presidenta do TSE, ministra Cármen Lúcia. Eles
alegaram que a corte não é competente para promover esse tipo de
alteração, pois a mudança em bancadas só pode ser feita por meio de lei
complementar preparada pelo Congresso Nacional.
“Temos esse poder?
Não imaginava. Não é dado a quem opera o direito à manipulação de
nomenclatura, que onde há exigência de lei no sentido formal e material
se pode ter uma resolução em certo processo administrativo”, disse o
ministro Marco Aurélio Mello, lembrando que a discussão ainda deve parar
no Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o ministro Marco
Aurélio Mello, a mudança atinge 13 das 27 unidades da federação. A
Petição (PET) 95457, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas,
pedia a redefinição do número de deputados federais por Unidade da
Federação e, como consequência, a adequação da composição das
Assembleias Legislativas e da Câmara Distrital.
Além da Paraíba,
outros sete Estados perdem parlamentares: Alagoas, Espírito Santo,
Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; já os que
ganham somam cinco Estados: Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Pará e Santa
Catarina. São Paulo mantém o mesmo número de parlamentares.
fonte : portal correio

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