O comportamento de Cunha Lima serve como uma espécie de denúncia de um sentimento íntimo, como revelou o senador Cícero Lucena: “o cristal quebrou”. O problema, para Cássio e Ricardo, é que o tempo está curto para ambos e a ressaca do mal estar precisará ser muito rápida, no caso de rompimento, porque a campanha eleitoral bate à porta.
Aos poucos, o paraibano vai tomando as rédeas do PSDB nacional, como principal mentor e executor do 'Projeto Aécio 2014' e age como 'algodão entre cristais' para granjear a unidade tucana. Um desafio e tanto.
O lance mais importante de Cunha Lima nesses últimos dias de intensa movimentação nos bastidores foi à série de reuniões com lideranças nacionais como Eduardo Campos, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso.
Sua agenda também abre espaço para, de vez em quando, manter reuniões com o senador Vital do Rêgo Filho, que já revelou “não ter portas fechadas com o tucano”, o suficiente para dar a entender que o diálogo não está interrompido e a chance de um acordo com o PMDB é real. Porém, muito ainda precisará acontecer para que se chegue à conclusão de que os dois partidos já cabem no mesmo palanque na Paraíba.
Avalia-se, no PSDB da Paraíba, que Cássio age de maneira mais correta quando tece críticas ao governo Ricardo Coutinho ao apontar as razões da frustração que tensiona a relação com os socialistas na Paraíba. Por enquanto, o senador avança apenas no debate sobre os problemas da gestão Ricardo Coutinho, como a insegurança pública, mas evita qualquer posicionamento antecipado, adiantando que é sua intenção tratar de maneira aberta os pontos negativos da gestão do PSB que, de acordo com os próprios tucanos, não conseguiu responder satisfatoriamente no poder às expectativas depositadas pelos paraibanos em 2010.
Por enquanto, Cássio evita revelar seu futuro. Mas articula, articula, articula... não é Ronaldinho?
PB Agora
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