24 de out. de 2013

MST e Governo do Estado fecham acordo que põe fim às manifestações

Após cerca de cinco horas reunidos, Movimento Sem Terra (MST) e Governo do Estado firmaram acordos durante o encontro que começou por volta das 17h e só terminou perto das 22h da noite desta quinta-feira (24), no Palácio da Redenção. Os líderes disseram que tudo ocorreu de forma tranquila e pacífica, já que a Polícia Militar os recebeu com flores na Praça dos Três Poderes.
Segundo um dos representantes do Movimento, Paulo Sérgio Alves da Silva, desapropriação de terras, reforma agrária, infraestrutura para os assentamentos,  barragens, parcerias para viabilização de negócios agrícolas e construção de escolas serão tratados em uma nova reunião que foi agendada para sexta-feira (1º) com o secretário da Agricultura Marenilson Batista e a secretária de Educação Márcia Lucena. Ele disse que o governo se prontificou em agilizar essas pautas.
Sobre medicina da família e implantação de farmácias vivas, Paulo disse que os orçamentos serão devidamente organizados e só depois disso que será marcada uma reunião com a Secretaria de Saúde do Estado para discutir esses temas.
Ele lembrou que não haverá mais passeatas, marchas ou manifestações pelas ruas da Capital, mas que o MST vai acompanhar de perto todo o desenvolvimento das propostas para que as reivindicações pautadas sejam devidamente efetivadas.
Movimento e reunião com Ricardo
Integrantes do movimento deixaram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Paraíba por volta das 15h e seguiram em marcha pela Avenida Epitácio Pessoa até a Praça dos Três Poderes. Durante a caminhada, várias vias importantes da Capital ficaram congestionadas e a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) foi acionada para reorganizar o trânsito.
A negociação que permitiu o agendamento da reunião ocorreu na última segunda-feira (21), depois que eles fecharam o Centro Administrativo Estadual por cerca de sete horas e entraram em confronto com a Polícia Militar. A secretária de comunicação, Estela Bezerra, mediou as negociações que puseram fim à manifestação no Centro e deixou agendada a reunião com o governador para esta quinta-feira.
No dia da manifestação, o coronel da Polícia Militar Euler Chaves esteve no local com várias equipes e afirmou que três PM's ficaram feridos com pauladas e pedradas. Ele disse ainda que cuidou da segurança dos servidores que não conseguiam sair do prédio, bem como negociou com os manifestantes para por fim ao protesto. "Houve divergências entre os líderes, eles mesmos não entravam em acordo e isso agravou a situação", relatou Chaves.
Servidores revelaram que ficaram presos porque foram impedidos de sair do prédio, já que os manifestantes bloquearam as passagens do local. Alguns permaneceram trancados nas secretarias e fizeram apelo para serem liberados. "Havia mulheres e grávidas, pessoas passando mal, que não almoçaram. Sempre estivemos dispostos a conversar, mas também precisávamos de ajuda", pedia a professora Tieta Lucena. A servidora Solange Medeiros, que trabalha na Secretaria de Agricultura, disse ao Portal Correio que tem problemas cardíacos e esteve presa no local, precisando de ajuda médica.
Da Redação

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