O réu Eduardo dos Santos Pereira, acusado de ser o mentor do estupro
coletivo que ficou conhecido como “Caso Queimadas”, em 2012, foi
condenado a um total de 108 anos de prisão. O julgamento durou cerca de
19 horas e foi realizado no Fórum Criminal de João Pessoa. O júri
popular começou na tarde dessa quinta-feira (25) e se encerrou na manhã
da sexta-feira (26).
O
Conselho de Sentença composto por
quatro homens e três mulheres se
reuniu por volta das 5h20 desta sexta-feira (26) e saiu da sala cerca de
três horas depois. O Juiz Antônio Maroja Limeira Filho leu a sentença
que apontou o réu como culpado. São 106 anos e 5 meses por homicídio,
formação de quadrilha, cárcere privado e corrupção de menores e porte
ilegal de arma e mais um 1 ano e 10 por lesão corporal.
Caso Queimadas
O
caso ocorreu em 12 de fevereiro de 2012, resultou nas mortes de duas
vítimas, a professora Isabela Pajuçara Frazão Monteiro, de 27 anos, e a
recepcionista Michelle Domingues da Silva, de 29 anos, que foram
assassinadas por terem reconhecido os agressores. O caso ganhou
repercussão nacional.
O caso do estupro coletivo
(0000322-76.2012.815.0981) foi desaforado da comarca de Queimadas, após
solicitação do Ministério Público e da defesa do acusado, acatado em
decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba, que
entendeu, por unanimidade, que essa determinação permitirá uma decisão
imparcial por parte do Júri.
Na época, o juiz da 1ª Vara mista da
comarca de Queimadas, Antônio Gonçalves Ribeiro, declarou que o
desaforamento foi uma decisão justa, por se tratar de um caso muito
“clamoroso”, que tinha animosidade da população, com vítimas que eram da
cidade.
Seis homens
Luciano
dos Santos Pereira, Fernando de França Silva Júnior, Jacó Sousa, Luan
Barbosa Cassimiro, José Jardel Sousa Araújo e Diego Rêgo Domingues –
foram condenados pelos crimes de cárcere privado, formação de quadrilha
e estupro. Eles cumprem penas entre 26 e 44 anos de prisão em regime
fechado no presídio de Segurança Máxima PB1, em João Pessoa. Enquanto
aguardava julgamento, Eduardo Santos também cumpre prisão preventiva no
PB1.
fonte : portal correio
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