O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) anunciou nesta segunda-feira (22) que
a nova comissão de senadores que irá à Venezuela partirá do Brasil
nesta quarta-feira (24). Ele criticou o grupo de parlamentares
oposicionistas que foi ao país anteriormente e garantiu que a nova
comitiva vai buscar uma posição equilibrada.
“Nós queremos conversar com todos, vamos conversar com o principal líder da oposição venezuelana – que é Henrique Capriles, que
não foi procurado
pela comitiva anterior – vamos conversar com as mulheres dos presos da
Venezuela, queremos conversar com o governo. Agora, queremos ter uma
posição equilibrada. A última coisa que nós queremos é que a Venezuela
entre num processo de guerra civil. Isso é ruim para a Venezuela, é ruim
para o Brasil, ruim para a América Latina”, afirmou o senador.“Nós queremos conversar com todos, vamos conversar com o principal líder da oposição venezuelana – que é Henrique Capriles, que
Lindbergh lembrou que a situação político-institucional na Venezuela é “gravíssima”, que já houve confrontos de rua e que 43 pessoas morreram. Ele garantiu que a nova comitiva vai defender a “legalidade democrática e a realização de eleições diretas”. No entanto, o senador admitiu que a comissão, da qual fará parte, só foi proposta porque a comitiva anterior foi hostilizada no país.
Na última semana, os oito senadores brasileiros que foram à Venezuela tiveram que retornar no mesmo dia, porque foram agredidos ao sair do aeroporto, com insultos e objetos atirados contra o ônibus em que estavam. Para Lindbergh, os senadores formaram uma “comissão partidária” que viajara para ouvir apenas um dos lados, acirrando o clima de tensão no país.
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