O Ministério Público Federal (MPF) em Campina Grande
(PB) apresentou denúncia contra 33 pessoas envolvidas em esquema
criminoso que obtinha benefícios previdenciários e empréstimos
consignados fraudulentos. Dos 33 denunciados, 18 foram incluídos como
integrantes da quadrilha desarticulada durante a Operação Fanes,
deflagrada em 9 de setembro de 2015, por força-tarefa formada pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Polícia Federal e MPF. A
denúncia foi
apresentada na segunda-feira, 19 de outubro.
Calcula-se
que o prejuízo causado aos cofres públicos pela atuação do grupo seja
de mais de R$ 3 milhões. Dos 40 benefícios irregulares imputados na
denúncia, 35 são pensões por morte. Os outros são aposentadorias por
idade rural. No total foram detectados indícios de fraude em 265
benefícios que estão sendo analisados pelo INSS e haverá desdobramentos a
partir dessas apurações.
Durante as
investigações, a força-tarefa apurou que a organização criminosa,
comandada por servidor do INSS, a partir da agência do órgão
previdenciário em Campina Grande, teve atuação principalmente verificada
entre os anos de 2013 e 2015.
Através de
interceptação telefônica e telemática foi possível chegar às outras
pessoas da quadrilha que tinham papeis distintos na organização
criminosa, com divisão de tarefas bem definidas: havia os cooptadores –
aliciadores das pessoas candidatas a receber o benefício irregular; os
que produziam os documentos falsos; os que atuavam na obtenção dos
empréstimos consignados concedidos nos já benefícios fraudulentos e
ainda as pessoas que ajudavam na ocultação dos bens adquiridos
ilegalmente.
MaisPB
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