Os estados da Paraíba e Pernambuco estão discutindo uma parceira para
identificar a disponibilidade de água subterrânea no aquífero de
Barramares dos dois estados. O passo inicial foi dado nesta quarta-feira
(14) durante encontro entre os gestores da Agência Pernambucana de
Águas e Clima (Apac) e Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba
(Aesa).
Em
entrevista ao programa '27 Segundos', da RCTV, canal 27 da Net
Digital,
o presidente da Aesa, João Fernandes, revelou que o estudo é
imprescindível para avaliar a capacidade hídrica dos lençóis freáticos e
identificar se a perfuração irregular de poços artesianos prejudicou o
aquífero.
“Começamos um diálogo entre a Paraíba e Pernambuco
para iniciar o estudo do aquífero dos dois estados. Queremos saber a
dimensão dele e a sua disponibilidade subterrânea. Ao perfurar poços de
forma clandestina, sem a autorização, a pessoa está privatizando um bem
de uso comum. Além disso, pode causar a salinização da água do subsolo,
deixando-a imprópria para o consumo humano”, lembrou o presidente.
Fernandes disse que após a realização do estudo, o documento será
apresentado ao Governo Federal. “Para que identifiquemos a
disponibilidade do aquífero de Barramares é necessário um investimento
que não é barato. Vamos apresentar a proposta à Agência Nacional das
Águas (ANA) para possível liberação de recursos”, adiantou.
Segundo
o presidente da Aesa, o aquífero Barramares está no lençol freático que
vai desde o Litoral às proximidades do Cariri paraibano. Já se sabe que
a água é de boa qualidade, mas o uso irregular e sem racionalização
pode fazer com que a água do mar inunde o subsolo, ocupando os espaços
do que foi retirado indiscriminadamente. "Foi o que aconteceu com o
aquífero de Pernambuco, onde perfuraram poços irregularmente e hoje a
água é praticamente imprestável para consumo humano", disse Fernandes.
Ele
explicou que o Estado terá que contratar uma empresa especializada, que
ficará responsável pela análise da qualidade e da quantidade da água do
aquífero Barramares. "Só assim saberemos o que temos ainda para usar e
como poderemos se utilizar de bem natural", disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário