O deputado federal paraibano Luiz Couto (PT) negou ter participado
de articulações para tentar evitar depoimento em uma CPI na Câmara.
Conforme matéria do jornal Estadão, o ex-líder do Governo na Câmara dos
Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), articulou com deputados, entre
eles o paraibano, para evitar depoimento do ex-presidente da OAS, José
Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em uma CPI na Câmara.
A suposta articulação de Chinaglia foi obtida pelos investigadores
da Operação Lava Jato após a apreensão do celular de Leo Pinheiro. Em
mensagens de celular, Chinaglia trocou informações com o empreiteiro
sobre a possível convocação para a CPI. Em uma delas aparece o nome de
Luiz Couto.
O parlamentar paraibano emitiu nota oficial e negou participação
nessas articulações. Ele garante não ter sido procurado por ninguém e
também disse que, se procurado, não atrapalharia qualquer apuração de
irregularidades. Abaixo, leia nota enviada pela assessoria de imprensa
do deputado federal petista:
“O deputado federal Luiz Couto (PT-PB) reagiu com surpresa ao
ser informado da publicação de notícia sobre uma suposta articulação
para impedir o depoimento de empresário da OAS na CPI do Tráfico de
Pessoas. O parlamentar assegurou que não recebeu pedido algum para
obstacular qualquer depoimento: “Não fui procurado por ninguém e ainda
que tivesse sido, não iria agir para atrapalhar qualquer apuração de
ilicitude. Ao contrário, tenho lutado durante toda a minha vida para que
os desmandos, venham de onde vierem, sejam investigados”, declarou.
Luiz Couto acrescentou que o presidente da CPI do Tráfico de
Pessoas, Arnaldo Jordy (PPS-PA), chegou a visitar canteiros de obras da
OAS, à época, dando prosseguimento à apuração das denúncias de tráfico
humano e que o assunto nada tinha a ver com o apurado pela Operação Lava
Jato.
O deputado federal Luiz Couto, por fim, reafirmou que não tem o
hábito de engavetar denúncias e que o comportamento era típico de um
passado não muito distante no qual o PSDB costumava arquivar qualquer
assunto que contrariasse seus interesses: “Essa versão divulgada hoje
mais parece peça de ficção. E mal feita”, resumiu.
Jãmarrí Nogueira-MaisPB
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