O comandante geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, repercutiu nesta quinta-feira (9) os números do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados no fim do mês de outubro. Para o coronel, os dados ratificam as ações que estão sendo implementadas pela PM da Paraíba. A declaração foi feita durante o II Fórum de Pacificação Social, que aconteceu nesta manhã em um hotel de João Pessoa.
“Estamos no caminho certo. Quando você coloca que os números de crimes violentos letais e intencionais diminuíram, é um retrato do Fórum Brasileiro de Segurança Pública é um retrato também do Centro de Liderança Pública. A Paraíba foi destaque novamente, saiu da 24 ª colocação para a 13ª em nível nacional. Nós já fomos o segundo mais violento do Nordeste, hoje somos o segundo menos violento. Já fomos o terceiro mais violento do Brasil, somos agora, em ranking inverso, o 15º mais violento. Esta concepção é clara, quando você trata dos estupros, é precisa ter a noção que nos temos o quinto melhor resultado do Brasil, diminuir o que já é menor do que o normal, já é mais difícil, nos somos o quinto”, explicou.
O comandante também falou sobre os números de homicídios e afirmou que está trabalhando para João Pessoa ser a capital mais tranquila do Nordeste.
“Em relação aos crimes violentos letais, temos uma gordura forte e temos baixado. Assumimos o governo com 44 homicídios a cada 100 mil habitantes, chegamos a um patamar de 33. Este ano continuamos reduzindo e devemos chegar à camada dos 31, 32, ainda é muito, dentro de uma concepção comparativa que a ONU recomenda 10 homicídios por 100 mil habitantes. Nós fecharemos o ano com o segundo melhor resultado do Nordeste. Se Deus quiser, fecharemos o ano com João Pessoa sendo a capital mais tranquila do Nordeste. No ano passado nos perdíamos apenas para Recife”, afirmou.
Perguntado sobre o sentimento de insegurança que a população vive, apesar dos números favoráveis, o coronel afirmou que esta sensação é muito pessoal e que diferentes pessoas podem ter percepções diferentes.
“Sentimento é algo muito subjetivo, o seu sentimento é diferente do meu, sentimento é algo temporal, sazonal. As experiências que as pessoas têm com suas violências em casa, na leitura do que está na TV. Pessoas que têm tempo para ver alguns programas policialescos, jamais terão alguma sensação de segurança. Pessoas que se “vitimizam” e buscam ser roubadas, usando objetos caros e são permanentemente roubadas em situações que facilitam a leitura de quem busca roubar, não pode ter uma sensação positiva, mas este trabalho de sensação depende de uma serie de fatores”, concluiu.
II Fórum de Pacificação Social
O evento contou com participação de autoridades e representantes da sociedade civil para discutir ideias, trocar experiências e formas parcerias visando contribuir para a Segurança Pública na Paraíba. Uma das organizadoras do evento, a advogada Tatiana Amara, do escritório Mouzalas, Borba e Azevedo, que realizou o fórum, junto com o deputado Raoni Mendes (DEM), explicou o que espera da reunião desta quinta-feira.
“O start para este fórum, foi um treinamento que fiz a convite da Polícia Militar da Paraíba, desenvolvido pelo setor de inteligência, que as pessoas não conhecem para que o cidadão possa ter uma postura mais atuante se ele vier a sofrer uma ameaça de violência ou uma violência. Uma quebra de paradigma do não reaja. Eu acredito e estou vendo situações que pesquisas que estão trazendo que o ‘não reaja’ não está trazendo resultado, quando a população está ensinada ao não reaja. Esta quebra de paradgima vai acontecer hoje, como ter uma atitude mais direta. Uma das consequências deste fórum é que vamos fazer um workshop com a PM para trabalhar esta comunicação, interação com a sociedade, como explicar a questão do não reaja. Algumas estratégias você não vai passar para frente, por isto é restrito não é aberto, mas temos que começar a plantar a semente”, finalizou.
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