O delegado plantonista da cidade de Patos, Demétrius Patrício, comentou em entrevista na manhã desta segunda-feira (26), que a mãe da criança de dois anos estuprada na cidade de Santana de Mangueira, no Sertão do Estado, não esboçou surpresa quando foi informada do laudo positivo para estupro e insistiu na versão que a
menina teria sofrido uma queda. Os órgãos sexuais dela estavam infeccionados.
O delegado contou que a criança foi levada ao hospital infantil de Patos e que os médicos acionaram a Polícia Civil ao suspeitarem que ela poderia ter sido vítima de abuso sexual. O delegado ordenou a realização de exame sexológico e foi constatado que a criança havia sido abusada mais de uma vez.
“Diante da materialidade do fato, chamei a mãe da criança para prestar esclarecimentos, ela alegou desconhecer que a filha vinha sofrendo abusos e quando perguntei a origem da lesão nas partes íntimas da criança, ela insistiu em dizer que tinha sido uma queda. Eu falei que não procedia e que o exame era bastante claro, mas ela insistiu que não”, contou.
A mãe ainda afirmou que moram na casa, ela, o pai da criança e uma senhora de 60 anos que ficava com a bebê para a mãe trabalhar, porém que a residência era freqüentada por outras pessoas que eram ligadas a família, parentes agregados. “Ela relatou alguns nomes e o caso foi remetido, assim como o laudo para a delegacia de Itaporanga que vai tratar do resto das investigações”, informou.
“A suspeita é que a mãe tinha pelo menos um leve conhecimento do que estava se passando com a filha. Quando dei o resultado do laudo sexológico ela não esboçou reação de surpresa, só disse que iria tomar mais precauções com a filha. Temos que ver se ela foi conivente ou se foi apenas negligência”, disse.
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