O prefeito da cidade de Patos, Dinaldo Medeiros Wanderley Filho, foi afastado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), nesta terça-feira (14). Outras 12 pessoas também foram denunciadas. O grupo é investigado pela operação “Cidade Luz”, deflagrada no dia 2 de agosto e comandada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), que investiga fraudes em
contratos de iluminação pública na cidade do Sertão paraibano.
A Justiça também determinou as seguintes medidas cautelares: comparecimento a todos os atos processuais para os quais forem convocados, proibição de acesso ou frequência à sede da Prefeitura de Patos, secretarias e à Comissão Permanente de Licitação e proibição de se ausentarem do Estado sem autorização do juiz-relator.
A denúncia protocolada no Tribunal de Justiça detalha a atuação de um esquema criminoso. Os integrantes do grupo estão sendo processados por crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, desvio de recursos públicos, fraude em licitação e lavagem de capitais.
O MPPB pede ainda a condenação dos denunciados, especificando os crimes cometidos por eles. Além disso, a suspensão da função pública do prefeito Dinaldo Wanderley e dos servidores públicos municipais, Felipe Moreira Cartaxo de Sá e Alysson dos Santos Gomes.
A equipe de comunicação da Prefeitura de Patos informou que a Procuradoria Municipal e o prefeito Dinaldo Medeiros Wanderley Filho ainda não foram notificados sobre o afastamento. A decisão foi tomada pelo juiz Carlos Eduardo Leite Lisboa.
Investigação
A investigação mostrou que a organização criminosa desviou R$ 739 mil de contratos firmados com a Prefeitura de Patos, no valor R$13 milhões. Segundo o Ministério Público, no período que antecedeu às eleições de 2016, o então candidato “Dinaldinho” organizou um esquema criminoso com duas empresas prestadoras de serviço de iluminação pública. O município manteve contratos com as organizações a partir de 2017.
O esquema foi divido entre os núcleos político, econômico, de licitações e de lavagens de capitais. De acordo com a denúncia, o “núcleo político” era formado pelo prefeito Dinaldo Medeiros Wanderley Filho, pelo chefe de gabite da prefeitura Múcio Sátyro Filho e mais três pessoas.
O “núcleo econômico” era integrado pelos responsáveis das duas empresas prestadoras de serviço de iluminação pública, além de representantes de empresas de locação, engenharia ambiental, instalações elétricas e construção de edifícios.
A denúncia identificou também os responsáveis pelo terceiro núcleo de “licitações” e pelo quarto núcleo “de lavagem de capitais”.
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário