Politicamente, a inclusão de Estados e Municípios na reforma da Previdência já saiu do radar de discussão dos deputados. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, admite que se essa discussão for retomada durante a votação da proposta no plenário, de cara seriam
perdidos entre 50 e 60 votos a favor da reforma. Descartada pelos deputados, a ideia, porém, pode voltar à discussão pela mãos dos senadores.
Se for aprovada pela Câmara, a reforma segue para a apreciação do Senado. E um grupo influente de senadores, incluindo Tasso Jereissati (PSDB-CE), que tem coordenado as discussões sobre a reforma na Casa, admite que pode reincorporar esse ponto. Embora a ideia atenda em cheio a pretensão dos governadores e prefeitos, causaria um efeito colateral político imediato. Se for alterada, a reforma precisaria voltar para a Câmara para nova votação, atrasando sua tramitação. Para impedir que isso aconteça, uma alternativa seria tratar do tema através de outra Proposta de Emenda Constitucional.
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