O relator da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Câmara Municipal de Bayeux, vereador Lico (PSB), pediu vistas da denúncia apresentada contra o prefeito interino Luiz Antônio (PSDB) durante sessão na manhã desta quinta-feira (26). A decisão ficou para a próxima sessão ordinária da Casa, que deve ser na próxima quarta-feira (1).
O socialista explicou o motivo do pedido de vistas.
“Fiz o pedido de vistas para que a gente possa ler a denúncia, analisar tecnicamente e poder se posicionar da forma que tem que ser”, afirmou Lico.
Questionado se os fatos que se tornaram público já não seriam suficientes para o aceite da denúncia, Lico afirma que sim, mas explicou o procedimento. “Tenho que analisar a denúncia que está na minha mão. Chegou para gente agora. Estava na Casa, foi despachada para o presidente, chegou para o plenário agora. E não tem como analisar em cinco minutos e dar os detalhamentos da denúncia”, disse.
Sobre seu voto com relação ao prosseguimento da denúncia, o socialista preferiu não se pronunciar, já que é relator da CCJ e pode presidir a comissão processante. “Eu não tenho opinião pessoal, porque sou o presidente da CCJ. A denúncia sendo aceita pelo plenário, poderei ser um membro dessa comissão processante, então não posso ter opinião formada neste momento. Porque vamos averiguar e fazer um julgamento posterior. Não é um pré-julgamento”, ponderou.
Vereador do PR, partido que apresentou denúncia, diz estar surpreso com decisão da sigla
O vereador Inaldo Andrade (PR) revelou ter ficado surpreso ao ver que o PR ingressou com denúncia pedindo cassação do prefeito interino de Bayeux, Luiz Antônio (PSDB). O PR é da base aliada do prefeito da cidade.
“Acredito que o presidente do PR não tinha conhecimento do pedido de cassação do prefeito interino, fiquei surpreso quando cheguei na Casa e tinha esse pedido. O presidente do PR não comunicou ao vereador, que é o representante legal da Casa, e fiquei muito surpreso”, declarou Andrade.
Segundo o camarista, ele não está se opondo a denúncia, ou “dizendo que não concorda”. Ele está expondo uma falta de diálogo que houve entre os seus correligionários. “Ele não comentou, não me procurou, e nem os demais membros, e ficamos surpresos”, alegou.
Acerca do seu voto no processo de cassação, Andrade se resguardou e preferiu não comentar. “Não posso dar uma votação se o relator não apresentou ainda [o relatório], justificou. E completou dizendo que é “a favor do povo, estou aqui para representar o povo. Na hora certa, dependendo do relatório, sendo a favor ou contra, eu vou ser a favor do povo”.

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