A construção do canal Acauã-Araçagi possibilitou a criação de 1,5 mil empregos diretos e outras centenas de indiretos na região do Vale do Mamanguape. A maioria dos trabalhadores é de Itatuba, Mogeiro, Itabaiana, Salgado de São Félix e outras cidades próximas. Quando as vagas foram criadas, as prefeituras anunciaram as oportunidades e logo apareceram os interessados. Um deles foi José Soares da Silva, 41, que havia nove meses amargava o peso do desemprego.
Ele contou que sua vida financeira mudou bastante, desde que começou a trabalhar na construção do canal como carpinteiro. A pouca escolaridade dele sempre foi um problema a mais para conseguir um emprego. “Nem meu currículo as empresas aceitavam, mas aqui nas obras do canal nos deram uma grande oportunidade de trabalhar e ganhar nosso dinheiro com honestidade”, frisou José Soares.
Para Leonardo Oliveira da Silva, 28, trabalhar nas obras do canal Acauã-Araçagi tem uma representatividade ainda maior.
“Eu nasci e cresci nessa região, já sofri com a seca, vi meus pais chorarem pela falta de água. Agora tenho orgulho de ajudar na construção do canal, sei que nunca mais nossas vidas serão as mesmas. Quero dizer aos meus netos, futuramente, que o avô deles trabalhou diretamente nessa obra”, declarou Leonardo, que há um ano ocupa a função de armador na construção.
Também chamado de Canal das Vertentes Litorâneas, a obra trouxe oportunidades de empregabilidade para operários (entre armadores, carpinteiros, motoristas, auxiliar de serviços gerais, etc) e profissionais de nível superior, sendo a maioria engenheiros das áreas civil e de produção. O lote 1 do canal tem 40,85 km de extensão. Quando os três lotes estiverem em execução, o número de empregos diretos deve saltar para três mil e transformar as vidas de trabalhadores, a exemplo das histórias que foram contadas nessa reportagem.
Com JP Online
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