20 de mar. de 2015

Apenas 34% das obras realizadas nas cidades paraibanas são com recursos próprios

A dependência dos governos federal e estadual pelos municípios da Paraíba para a realização de obras ainda é grande. Tanto que apenas 34,8% de todas as construções feitas nas cidades paraibanas, em 2014, saíram dos cofres das prefeituras, segundo o Sistema de Acompanhamento da Gestão dos Recursos da Sociedade (Sagres), do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB). Os outros 65,2% vieram de verbas federais, estaduais ou de um desses governos em parceria com as gestões municipais. Dos 223
municípios paraibanos, 106 (47,53%) conseguiram fazer obras com recursos próprios.
De acordo com levantamento feito pelo Blog do Gordinho, junto ao Sagres, no ano passado foram realizadas 829 obras, sendo que 325 foram apenas com recursos do governo federal, ou seja, 39,2% do total. Outras 41 construções foram edificadas nas cidades com dinheiro do governo do estado. Dezessete partiram de verbas estaduais em parceria com os governos municipais e mais 157 foram realizadas com recursos do governo federal e das prefeituras.
Entre as prefeituras de pequeno porte, as que mais conseguiram andar com as próprias pernas e realizaram obras com recursos dos seus cofres foram Catingueira (12), Picuí (12), Manaíra (8) e Catolé do Rocha (8). Já entre as de médio porte Guarabira se destacou com 13 obras realizadas com dinheiro vindo do município. Campina Grande fez 32 com recursos próprios e João Pessoa, 20.
As verbas federais que se transformaram em obras foram mais vistas em Mulungu (16), Lagoa Seca (11), Picuí (9), Patos (9), Tavares (9), Pedra Lavrada (7), Serraria (7), Belém de Brejo do Cruz (6), Pombal (6), Solânea (6), Mari (5) e Sapé (5). João Pessoa teve 14 construções feitas com recursos do governo federal e Campina Grande apenas uma.
As cidades que conseguiram obras com recursos apenas estaduais foram: Alcantil, Amparo, Areia, Areia de Baraúnas, Aroeiras, Barra de São Miguel, Bayeux, Boqueirão, Borborema, Cabaceiras, Cachoeira dos Índios, Camalaú, Coxixola, Cubati, Curral de Cima, Juazeirinho, Junco do Seridó, Lastro, Nova Floresta, Parari, Paulista, Pedra Branca, Pedra Lavrada, Pirpirituba, Pombal, Queimadas, Riachão, Salgadinho, São Francisco, São João do Cariri, São José de Caiana, São José do Sabugi, São José dos Cordeiros, São Vicente do Seridó e Triunfo.
Obras não são sinônimos de benefícios entregues
As obras ressaltadas acima, contudo, não são sinônimos de benefícios entregues aos municípios. Muitas das construções ainda estão em fase de medição, outras são tão minúsculas que nem dá para chamar de edificação. Exemplo disso é a cidade de Catingueira, que aparece no levantamento como a que mais construiu com recursos próprios. Porém, entre as realizações estão, em sua maioria, demolição e construção de mata-burros – dispositivos que impedem a fuga do gado em propriedades rurais, mesmo quando a porteira está aberta e que também servem de estrados que funcionam como pontes, normalmente de madeira, concreto ou aço.
Em outras cidades há também, entre as obras realizadas, a colocação de pisos, ou a construção de apenas um muro. Outras vezes essas construções trataram-se somente da colocação de placas ou reposição de calçamentos. Em alguns casos foi contratada a empresa que ainda vai construir a obra.
Também se destacam obras como as feitas em Mulungu, que aparece como a cidade que mais recebeu obras do governo federal. Todas elas, no entanto, referem-se apenas a medições para que as construções venham a ser realizadas depois. Há, no município, medições para a execução de Unidade Básica de Saúde, Academia de Saúde ao ar livre, quadras escolares, entre outras.
Entretanto, os municípios não sobrevivem apenas de obras de pequeno porte. Também foram realizadas construções de escolas, creches, açudes, calçamentos, entre outros. Em Cacimba de Dentro, por exemplo, um Centro de Capacitação de Profissionais de Unidades Educacionais do Município foi construído com recursos próprios. Outra obra que se destaca está em Conceição, onde foi construída uma Academia de Saúde, também com verba da própria prefeitura.
Importante: Os dados coletados pelo Blog do Gordinho junto ao Sagres referem-se apenas as obras que foram construídas. Nesse levantamento não estão inclusas obras de ampliação, recuperação, ampliação e reforma e ampliação e recuperação.



fonte : blog do Gordinho 

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