O governo brasileiro está preocupado com
a obesidade infantil. O assunto foi um dos temas abordados pelo
ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante seu discurso na 68ª Assembleia
Mundial da Saúde, em Genebra, que acontece nesta semana em Genebra
(Suíça). O ministro defendeu mais esforços no
enfrentamento da obesidade
infantil e propôs à Organização Mundial da Saúde (OMS), responsável
pelo encontro
, que a discussão seja tema da próxima assembleia.
Para o
ministro, o desafio é que países em desenvolvimento não migrem da
desnutrição para o excesso de peso, como aconteceu em muitos países,
como o Brasil.
Dados do governo federal apontam que o percentual de crianças entre 5
e 9 anos de idade com excesso de peso chega a 33,5% no país. Já na
adolescência, o quantitativo é de 20,5%. Nos países ricos, a meta será
de reduzir a nova geração que está acima do peso. A ideia é que seja
discutida uma série de iniciativas para reverte essa tendência mundial. O
excesso de peso e a obesidade são fatores de risco para doenças como
diabetes, hipertensão e câncer.
Em sua participação no encontro, o ministro Chioro também destacou
que os países devem se unir para reverter o aumento do número de partos
cesarianos, especificamente quando não há indicação técnica para esse
procedimento cirúrgico. A diretora da OMS (Organização Mundial de
Saúde), Margareth Chan, afirmou que apoiará as inciativas do Brasil
sobre o assunto. As cesarianas salvam vidas, mas, quando utilizada sem a
correta indicação, pode trazer riscos para a mãe e o bebê.
Outro assunto que recebeu destaque foi o Programa Mais Médicos,
desenvolvido para o provimento de profissionais no interior e em
periferias do Brasil. “O Programa Mais Médicos, estruturado através do
diálogo, parceria com a OPAS e OMS e da troca de experiências com muitos
dos aqui presentes, garantiu o acesso à Atenção Básica de 63 milhões de
brasileiros”, ressaltou o ministro.
Em sua fala, o ministro defendeu a universalidade e gratuidade do
sistema de saúde brasileiro e enfatizou que o Brasil trabalha para
elevar a expectativa de vida saudável, renovar os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM) ainda não atingidos e se comprometer
com os objetivos relativos a desenvolvimento sustentável.
“Reforçamos o compromisso em fortalecer nosso sistema de saúde
público, universal, gratuito, integral, equitativo e de qualidade, e na
defesa do acesso universal, tendo como base a saúde como direito”,
garantiu o ministro Arthur Chioro.
Os desafios globais da saúde, como o ebola, que exigiu respostas
rápidas dos sistemas de saúde também foram lembrados. Por fim, o
ministro convidou os representantes dos países-membros presentes a
participarem da II Conferência Internacional da OMS sobre Segurança no
Trânsito, que será realizada em Brasília, em novembro. “Contamos com a
presença de todas as delegações em nossa capital, a fim de avançarmos em
ideias para superar desafios como o crescente número de acidentes de
motocicletas, com vítimas, em países em desenvolvimento”, declarou.
Via Agência Saúde
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