21 de out. de 2015

Laudo aponta que garoto morto em ritual sofreu pancada na cabeça para desfalecer

Laudo elaborado pelo Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), de Campina Grande, divulgado nesta quarta-feira (21), aponta que Everton Siqueira Silva, 4 anos, sofreu uma forte pancada na cabeça antes de morte no ritual de magia negra. A principal causa do falecimento do garoto foi traumatismo crânio encefálico. A informação foi confirmada pelo delegado seccional do Cariri do estado, João Joaldo, ao programa Cidade Alerta PB, TV Correio HD. O padrasto do menino, Daniel Ferreira,
é suspeito de cometer o crime e está preso, juntamente com a mãe do garoto e outras duas pessoas.
O delegado explicou ainda que o documento apresenta que o menino morreu também em decorrência de um esgorjamento, que é um corte profundo no pescoço. “O laudo do Numol revelou que o garoto não teve nenhum órgão interno retirado e não sofreu violência sexual, conforme levantado na cena do crime”, falou João Joaldo.
Joaldo falou que as investigações seguem em andamento e a Polícia Civil procura a pessoa que teria encomendado a morte da criança. “Muito em breve vamos apresentar a pessoa que pagou cerca de R$ 10 mil pelo sangue do garoto. Temos uma linha de investigação, mas não podemos revelar para não atrapalhar as investigações”, disse.
O corpo de Everton Siqueira foi encontrado em um terreno baldio com o tórax aberto e o órgão genital cortado. Os delegados que investigam o crime não têm dúvidas de que o padrasto matou o garoto. Ele será indiciado por homicídio duplamente qualificado.
A mãe, o padrasto e o vizinho, além de um outro homem, identificado como sendo João Batista que teria problemas mentais, foram presos no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. O João Batista foi morto dentro do presídio pelo padrasto da vítima. A morte do suspeito teria sido um álibi do padrasto para despistar as investigações.
Na sexta (16), a Polícia Civil apresentou um pai de santo como um dos envolvidos na morte. Ele teria revelado como tudo aconteceu e apontou a participação de cada um no assassinato do garoto. Todos estão presos em presídios de João Pessoa.

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