O presidente francês François Hollande prometeu “destruir” o grupo
autodenominado “Estado Islâmico”, que assumiu a autoria dos ataques que
deixaram pelo menos 129 mortos em Paris na última sexta-feira.
Falando
ao Parlamento, Hollande afirmou que o país vai intensificar suas
operações na Síria – onde os ataques “foram decididos e planejados”,
segundo ele – e sugeriu uma mudança na Constituição para dar às
autoridades o poder de expulsar mais
rapidamente estrangeiros que
apresentem risco à ordem pública.
“Acredito que devemos modificar
nossa Constituição para que possamos nos permitir lutar de maneira
eficiente contra o terrorismo”, afirmou.
Segundo o presidente, o
Parlamento se encontrará na quarta-feira para discutir a extensão do
estado de emergência vigente no país por mais três meses.
Ele
afirmou ainda que as forças de segurança francesas receberão esforços
adicionais, para que voltem aos níveis de 2007. São eles:
Mais 5 mil policiais nos próximos dois anos;
Mais 2,5 mil vagas no sistema prisional e judiciário francês;
Mais 1 mil funcionários para o controle em aeroportos e fronteiras;
Nenhum corte nas forças armadas até 2017;
Mais computadores e recursos de informação para a Defesa.
No domingo, aeronaves francesas atacaram alvos do “EI” na cidade de Raqqa, no norte da Síria, considerada a capital do grupo. O governo francês disse que um posto de comando e um campo de treinamento foram destruídos.
Mais 2,5 mil vagas no sistema prisional e judiciário francês;
Mais 1 mil funcionários para o controle em aeroportos e fronteiras;
Nenhum corte nas forças armadas até 2017;
Mais computadores e recursos de informação para a Defesa.
No domingo, aeronaves francesas atacaram alvos do “EI” na cidade de Raqqa, no norte da Síria, considerada a capital do grupo. O governo francês disse que um posto de comando e um campo de treinamento foram destruídos.
Nesta segunda-feira. o “Estado Islâmico” divulgou dois
novos vídeos de propaganda de militantes no Iraque, comemorando os
ataques em Paris e ameaçando Washington, capital dos Estados Unidos.
De
acordo com o BBC Monitoring, equipe de monitoramento da mídia
internacional da BBC, os vídeos mostram trechos de uma mensagem de
setembro de 2014 do líder do “EI”, Abu-Muhammad al-Adnani, incitando os
chamados ataques de “lobos solitários” (pessoas que trabalham sozinhas)
em países que fazem parte da coalizão militar contra o grupo.
Combatentes
do “EI” falando nos vídeos reiteram a incitação à violência e dizem que
os ataques em Paris aconteceram por vingança pelo fato de “o governo
francês matar muçulmanos”.
Dois acusados
Também
nesta segunda-feira, as autoridades belgas acusaram duas pessoas presas
após os ataques em Paris de envolvimento com o terrorismo.
Um
comunicado do gabinete do promotor de Justiça da Bélgica diz que os dois
foram acusados “de ato terrorista e participação nas atividades de um
grupo terrorista”.
Outras cinco pessoas presas durante o fim de semana foram libertadas sem acusações.
O
gabinete também afirmou que nenhuma prisão foi feita na busca realizada
nesta segunda-feira em uma casa no distrito de Molenbeek, em Bruxelas,
vasculhada pela polícia durante quatro horas. Os policiais também não
conseguiram novas provas.
O objetivo da operação era buscar um dos suspeitos dos ataques em Paris, Salah Abdeslam.
Mais
cedo, uma casa chegou a ser cercada por policiais no distrito de
Molenbeek, onde Abdeslam estaria escondido. Mas ele não foi encontrado e
permanece foragido.
O suspeito, de nacionalidade
francesa, tem 26 anos e teria alugado um VW Polo achado próximo à casa
de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram mortas. O carro teria sido
usado pelos atiradores.
No sábado, ele foi visto
dentro de outro veículo com dois homens perto da fronteira da Bélgica.
Eles chegaram a ser parados pela polícia, mas acabaram liberados após o
carro em que estavam ser vistoriado.
Um dos irmãos de
Abdeslam, Brahim, foi identificado como sendo um dos homens-bomba que
morreu no local. Outro irmão de Abdeslam, Mohamed, foi preso na manhã
desta segunda-feira, mas acabou liberado pela polícia.
Terra
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