O número de casos de microcefalia no Brasil continua crescendo.
Primeiro boletim de 2016 divulgado pelo Ministério da Saúde mostra que o
Brasil acumula 3.174 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao
vírus zika. Estão na conta todos os casos registrados em 2015 e nos dois
primeiros dias de 2016. Eles estão distribuídos por 684 municípios de
21 unidades da federação. Além disso, há 38 possíveis mortes ligadas à
doença que estão sob investigação. Só no Rio de Janeiro, de acordo com
este
último boletim do Ministério da Saúde, foram registrados 118 casos
suspeitos de microcefalia relacionados ao zika vírus.
No boletim
anterior, liberado na terça-feira da semana passada, eram 2.975 casos
suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika, distribuídos por
656 municípios de 20 unidades da federação. A novidade agora é o
Amazonas, que registrou seu primeiro caso. Além disso, havia 40
possíveis mortes ligadas à doença que estão sob investigação. Em 2014,
em todo o Brasil, foram registrados 147 casos suspeitos de microcefalia.
A
microcefalia é uma malformação em que os bebês nascem com a cabeça
menor do que o tamanho normal e, em 90% das vezes, está associada a
retardo mental. O Ministério da Saúde comprovou a relação da epidemia da
doença com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o
mesmo vetor de outras duas doenças: dengue e chikungunya. Os sintomas da
febre zika são manchas vermelhas na pele, febre intermitente,
conjuntivite, dores nas articulações, nos músculos e de cabeça. Mas em
alguns casos, ela é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não
apresenta sintomas.
O estado de Pernambuco continua sendo o que
tem o maior número de casos suspeitos: 1.185. No último boletim, eram
1.153. Em seguida vêm outros do Nordeste: Paraíba (504), Bahia (312),
Rio Grande do Norte (169), Sergipe (146), Ceará (139) e Alagoas (134).
Depois aparecem Mato Grosso (123 casos suspeitos) e Rio de Janeiro
(118). Apenas seis estados não têm casos suspeitos: Acre, Amapá, Paraná,
Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
Quando se trata de óbitos
suspeitos, Rio Grande do Norte está no topo da tabela, com 11 casos. Em
seguida vêm Bahia (10), Paraíba (5), Sergipe (5) e Pernambuco (4).
Ceará, Maranhão e Piauí têm um caso cada.
Há transmissão autóctone
do vírus zika em 19 estados. Isso significa que a doença é transmitida
dentro do próprio estado, e não trazida por alguém que se contaminou em
outro local. Integram a lista: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito
Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba,
Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte,
Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.
O Ministério da Saúde
informou também que já adquiriu 100 toneladas de larvicida para os
estados do Nordeste, o que será suficiente para atender suas
necessidades até junho deste ano. Disse que também capacitou mais 11
laboratórios públicos para realizar o diagnóstico de zika, totalizando
16. Outros 11 deverão ser capacitados ao longos dos dois próximos meses.
O
Ministério da Saúde recomenda que as gestantes adotem medidas para
reduzir a presença do mosquito transmissor. Isso inclui eliminação de
criadouros, usos de calças e camisas de manga comprida, aplicação de
repelentes e, se possível, instalação de telas nas janelas.
G1
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