A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá revisar no ano
que vem a metodologia que define o acionamento das bandeiras tarifárias,
para evitar mudanças bruscas de um mês para o outro. Segundo o
diretor-geral da Aneel Romeu Rufino, a agência tem preocupação de não
causar confusão na cabeça do consumidor.
“É uma questão que nos causa um pouco de incômodo a bandeira ter esse
grau de oscilação, de volatilidade que está tendo. A bandeira é um
instrumento
relativamente novo, a cada ano a gente revisita a
metodologia e já está no nosso radar, olhando para a frente, para o ano
que vem, reavaliar essa metodologia que define o valor da bandeira”,
disse.
Na semana passada, a Aneel definiu que a bandeira tarifária para o
mês de junho será verde, sem cobrança extra para os consumidores. Desde
abril, a bandeira acionada era a vermelha patamar 1, o que representa um
acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Rufino explicou que o sistema atual que define qual bandeira deve ser
acionada em cada mês é muito sensível ao volume de chuvas registrados
em algumas regiões nas semanas anteriores à definição da bandeira, sem
levar em conta o nível de armazenamento dos reservatórios das
hidrelétricas. A cor da bandeira (verde, amarela ou vermelha) depende do
custo de operação das termelétricas que são acionadas para garantir o
suprimento de energia.
O diretor não quis fazer novas previsões para as bandeiras neste ano.
“Não temos um convênio muito fiel com São Pedro, às vezes ele nos
surpreende. Nesse caso, positivamente”, disse. Recentemente, Rufino
havia previsto que a bandeira vermelha continuaria acionada até o fim do
ano.
Agência Brasil
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