A maioria dos deputados estaduais do PEN já confirmou que não seguirá a
orientação da direção estadual do partido. Dos dez filiados, seis já declararam
publicamente que votarão a favor do empréstimo da Companhia de Águas e Esgotos
da Paraíba (Cagepa). No final do ano passado, uma reunião da legenda determinou
que todos teriam que fechar questão e votar em bloco.
Já declararam apoio à aprovação do empréstimo os deputados: João Gonçalves,
Branco Mendes, Toinho do Sopão, José Aldemir, Edmilson Soares e Wilson
Braga.
Na votação que acabou motivando o arquivamento do pedido de empréstimo de R$
150 milhões, com aval do Governo, toda a bancada do PEN votou contra a
aprovação, o que provocou o distanciamento de alguns parlamentares do Palácio da
Redenção, como os deputados Branco Mendes, José Aldemir, Edmilson Soares.
Agora, ao se anteciparem sobre a votação os filiados dão sinais de que,
contrariando a orientação da orientação partidária, estão dispostos a se
reaproximar do Governo do Estado e voltar a integrar a base aliada do governador
Ricardo Coutinho (PSB).
O PEN é comandado na Paraíba pelo presidente da Assembleia Legislativa,
deputado estadual Ricardo Marcelo. O parlamentar ainda não declarou qual será
seu posicionamento sobre a matéria. Essa semana foi adiada a reunião que iria
definir como o bloco votaria a matéria do empréstimo e uma nova data ainda não
foi marcada.
Outra reunião, essa com data certa, acontecerá na próxima nesta
segunda-feira (25). O governador Ricardo Coutinho irá reunir no Palácio da
Redenção todos os deputados da base. Segundo Hervázio Bezerra, o governador
espera contar com 17 deputados da base aliada na reunião.
A matéria sobre o empréstimo da Cagepa está pendente desde o último período
legislativo. Ela foi arquivada pelo presidente da Casa, deputado Ricardo
Marcelo, e desarquivada após a decisão do Tribunal de Justiça do Estado. O pleno
entendeu que a votação em plenário foi suficiente para derrubar o parecer
negativo da Comissão de Acompanhamento e Controle da Execução Orçamentária. No
plenário, a decisão da comissão foi reprovada por 19 votos a 16.
O Governo pede para ser avalista do empréstimo da Cagepa. De acordo com a
gestão, a companhia está em situação financeira precária e depende do montante
de R$ 150 milhões para obter o equilíbrio financeiro.
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