A Polícia Federal na Paraíba está investigando a denúncia de uma ação de uma ‘máfia dos alvarás para táxis’ no Estado e que teria ramificações no Rio Grande do Norte e Pernambuco. A denúncia partiu por meio de uma denúncia feita por um vereador de Alhandra (PB), informando que a prefeitura teria emitido alvará para 1 mil táxis no ano passado. Na semana passada, outra denúncia, desta vez na cidade de Itabaiana.
Segundo o taxista Diemerson Pessoa da Paixão a prefeitura teria emitido 509 alvarás para novos táxis na cidade, em sua maioria obtidos para pessoas estranhas à profissão de taxista, que buscam apenas o benefício da isenção de impostos na compra do automóvel zero quilômetro. O Sinditáxis - Sindicato dos Taxistas da Paraíba informou que procurará a Prefeitura, cujos telefones só dão sinal de ocupado.
A Polícia Federal, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que o inquérito que apura as denúncias em Alhandra corre em sigilo de Justiça. No entanto, confirmou o andamento do inquérito, tendo ocorrido diversos tipos de diligências, oitivas, laudos periciais, investigações, pedidos de informações, entre outros procedimentos, que dependem de pessoas e órgãos diversos. “Posso informar apenas é que ele (inquérito) não está parado, está aguardando o resultado de algumas diligências para ser relatado””, disse.
Gravidade
O presidente do Sindicato dos Taxistas da Paraíba, Adauto Braz, considerou as denúncias em Itabaiana da maior gravidade e garantiu que nos próximos dias a diretoria da entidade verificará junto à prefeitura municipal como se deu a concessão desses alvarás, bem como cobrará a fiscalização devida, sem descartar a possibilidade de recorrer ao representante do Ministério Público local para disciplinar o serviço na cidade.
“Recentemente fizemos reuniões nesse sentido nos municípios de Cabedelo e Conde, buscando mais rigor na liberação de concessões, bem como a não renovação daquelas de pessoas que não utilizam o veículo para o fim a que se destina, de transporte de passageiros, além de maior fiscalização e combate à exploração do serviço por táxis de outros municípios”, concluiu Adauto.
fonte : Tribuna do Vale
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