O advogado Harrison Targino comentou nesta terça-feira (7) a arguição
de falsidade apresentada pelos advogados do governador Ricardo
Coutinho, contestando informações do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
repassadas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para ação que pede a
cassação do socialista.
Em entrevista ao Blog do Gordinho, Harrison evitou fazer comentários
sobre o mérito da acusação ao tribunal, mas adiantou que todas essas
medidas
protelatórias demonstram o medo que Ricardo Coutinho tem da sua
cassação.
“Quem deve responder pelo TCE é o TCE. A mim me parece que o
governador tem muito medo do julgamento das suas ações, por isso busca
adiar de todo modo a análise dos abusos cometidos durante a eleição.
Isso está claro. Esse dado do TCE a que eles se referem não é decisivo
para o nosso conjunto probatório. Penso que essa estratégia do
governador demonstra nitidamente que ele está preocupado com a sua
cassação”, disse.
O advogado não quis prever prazos para o julgamento, mas reconheceu
que as medidas protelatórias tumultuam o andamento dos processos que
pedem a cassação do governador socialista.
“Essas alegações da defesa fazem parte de uma estratégia
procrastinatória. Tudo é feito apenas para adiar o julgamento dos crimes
eleitorais e são nove. Essa se refere aos abusos praticados pelo
governador na concessão de vantagens a servidores da Polícia, concedidos
com lei nova e decreto novo apenas no ano da eleição. Há juízes de
Pombal e Patos que pediram afastamento de comandantes de Polícia por
terem agido como militantes partidários”, explicou.
O advogado também se pronunciou sobre a declaração proferida pelo
secretário de Comunicação do Estado, Luís Torres, de que o TCE não pode
ser uma extensão do escritório que representa o senador Cássio Cunha
Lima.
“Vejo como uma ilação irresponsável que diz respeito à instituição.
Se ele diz que o tribunal agiu dolosamente, deve provar. Eu não sou
membro daquela corte, mas por mim, entendo como uma ilação
irresponsável”, rebateu.
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