Pilar
é um município paraibano localizado a 60km de João Pessoa, capital do
estado da Paraíba. Antiga aldeia de índios Cariris e Coremas, é a terra
natal do escritor José Lins do Rêgo e da cantadora de Cocos e Cirandas
Odete de Pilar. Com uma população estimada em 11 mil habitantes pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o município conta com 2
médicas cubanas do Programa Mais Médicos. Sonia Espinosa Corvea, que
atende a população da área
urbana e Senia Santesteban Figueredo que
atende a zona rural do município.
Além de especialista em Medicina Geral e Integral (que no Brasil é
conhecida como Medicina de Família e Comunidade), Sonia Corvea tem
também pós-graduação em Geriatria. Ela dá expediente na Unidade de Saúde
da Família de Cruzeiro, no centro de Pilar. “Este tipo de trabalho é
integral, é um tipo de medicina comunitária. Fazemos prevenção e
promoção dos serviços médicos. Trabalhamos nas comunidades para
modificar modos e estilos de vida. Não é fácil, mas eu gosto de
desafios”, diz.
Sorridente, expansiva e afável, Sonia conquistou os moradores da região
urbana do município. Rogério da Costa, paciente da médica cubana, é só
elogios: “Quando ela não está aqui, está no outro posto lá em cima. Ela
está sempre atendendo a população da cidade, sempre com cuidado, com um
sorriso, dando atenção a todo mundo”.
O jeito amável e cuidadoso foi a arma da médica em novembro do ano
passado quando, pela primeira vez, 34 homens moradores da cidade com
sintomas urinários concordaram em realizar o exame de toque retal. Sonia
se engajou na iniciativa Novembro Azul, uma campanha de conscientização
dirigida à sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e do
diagnóstico precoce do câncer de próstata e de outras doenças
masculinas.
“De todos os que vieram, doze deram positivo, e todos já foram
encaminhados para urologistas, com diferentes tipos de tratamento:
cirúrgico, citostático e com comprimidos. Agora que já fiz na minha área
de abrangência, se puder eu vou estender a campanha para toda a cidade
de Pilar”, conta.
O coordenador da atenção básica do município, Jankanderson da Costa, diz
que havia muita necessidade de médicos compromissados com a carga
horária e com o atendimento. “A gente tinha médicos que só vinham
trabalhar dois ou três dias. Esse programa só veio a beneficiar a
população brasileira e, especialmente, a nossa população pilarense”.
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