29 de nov. de 2015

Legislativo vive inferno astral e tem semana marcada por prisão e brigas

Uma semana conturbada, difícil para o país e que serviu de análise para a população da Paraíba. Dias em que o Poder Legislativo foi infeliz e mostrou ao Brasil a necessidade de acompanhar atentamente o trabalho que tem sido realizado pelos políticos eleitos pelo povo. No período em que a sociedade cobra cada vez mais dos seus representantes, desde a Lei da Ficha Limpa, as pessoas puderam assistir cenas de prisão no Senado, brigas na Assembleia Legislativa e trabalho
paralisado na Câmara Municipal da Capital. Se não fosse o bate-boca no início da semana e algumas sessões solenes, nada mais foi visto pelos pessoenses.
Como exemplo mais forte da perda de senso da classe política na atualidade, os brasileiros puderam acompanhar a prisão do senador petista Delcídio do Amaral, por suposta obstrução de investigação na Operação Lava Jato. Ele estaria armando a fuga de um dos maiores implicados no esquema de pagamento de propina com dinheiro da Petrobras. O mais escabroso da situação é o fato do político preso ser o líder do Governo no Senado. Que vários políticos estão sendo investigados, não é novidade, mas chegar ao ponto de um senador tentar influenciar e atrapalhar uma investigação, e citando conversas com ministros mais alta corte de Justiça do País. É de escandalizar.
No Congresso, aliás, também ocorre uma das situações mais complicadas para o senso crítico do cidadão brasileiro - os dois presidentes, da Câmara e do Senado, são investigados pela Justiça. Mais ainda, o presidente da Câmara dos Deputados vive às voltas com o Conselho de Ética da Casa, que pode cassá-lo por ter mentido sobre contas na Europa. Para não ser punido, ele manobra dentro da Câmara, utilizando do cargo para atrapalhar investigação contra si.
E o reflexo dessa baixa nos valores ou, pelo menos, de vontade de esconder o que pensa chegou à Assembleia Legislativa da Paraíba. Em meio a debate sobre criação de um Tribunal de Contas dos Municípios, deputados quase transformam o Plenário da Casa num ringue. Foram debates acalorados, de baixo nível e que comprometeram o trabalho dos parlamentares. Na Câmara de João Pessoa, houve pouco trabalho por parte dos vereadores.

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