O Ministério Público Federal (MPF) divulgou na tarde desta
quarta-feira (9), o Ranking Nacional dos Portais da Transparência,
elaborado a partir da avaliação dos 5.568 municípios e 26 estados
brasileiros, além do Distrito Federal. Na lista, a cidade de João Pessoa
aparece em terceiro lugar entre as capitais brasileiras.
A cidade é a primeira da região Nordeste e recebeu nota 9, após São
Paulo (SP) que aparece com 9,3 e em primeiro lugar está Porto
Alegre
(RS), com nota 10. Os dados são de acordo com estudo realizado pelo MPF e
pela Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro
(Enccla). O levantamento, realizado entre oito de setembro e nove de
outubro deste ano pode ser acessado no endereço eletrônico
(www.rankingdatransparencia.mpf.mp.br). No âmbito de Estado, a Paraíba
aparece em 5° lugar, com a nota 8,3, atrás do Rio Grande do Sul, Mato
Grosso, Santa Catarina e Espírito Santo.
Para chegar a este resultado, o MPF e o Enccla avaliaram o
cumprimento da Lei de Acesso à Informação, com disponibilização de
informações obrigatórias. Além disso, foram notadas algumas boas
práticas, como a publicação de receitas e despesas, de editais e
resultados de licitações, do relatório de gestão orçamentária e dos
nomes e salários dos servidores públicos, entre outros itens. O
resultado foi divulgado na data em que se comemora o Dia Internacional
de Combate à Corrupção. Os dados da Paraíba foram divulgados durante
solenidade que reuniu representantes de órgãos fiscalizadores, entidades
da sociedade civil e cidadãos. Durante a solenidade, houve a assinatura
conjunta de recomendação ao governo estadual para que sane as
irregularidades no prazo de 120 dias. Assinaram a recomendação os
procuradores da República Sérgio Rodrigo de Castro Pinto, Rodolfo Alves
Silva e Marcos Queiroga.
O Projeto
O Ranking Nacional dos Portais da Transparência pretende fiscalizar o
cumprimento das Leis Complementares nº 101/2000 e nº 131/2009 e da Lei
Ordinária nº 12.527/2011 pelos entes políticos. Segundo o gerente,
procurador da República Eduardo El Hage, a obrigação de prefeitos,
governadores e presidentes de disponibilizarem informações, para
qualquer cidadão, sobre quanto arrecadam e gastam já existe desde 1988,
quando a atual Constituição entrou em vigor. No entanto, fatos
demonstram um abismo profundo entre teoria e prática.
Assessoria
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