O calendário da reforma da Previdência ainda não tem consenso entre
parlamentares da base governista e da oposição. Embora os partidos
tenham chegado a um acordo para a aprovação de diversos projetos ao
longo desta semana, esse entendimento não alcançou a proposta de reforma
previdenciária que está em análise na Câmara dos Deputados (PEC
287/16).
Para o deputado Carlos Marun
(PMDB-MS), vice-líder do partido na
Câmara, o aumento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em relação ao 4º
trimestre do ano passado, divulgado pelo IBGE, é um sinal da recuperação
da economia. Nesse cenário, ele sugere que o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia, paute a reforma da Previdência para o fim de junho.
“Entendemos que, iniciando essa votação até o dia 25 ou 26 de junho,
há tempo para votar em primeiro e segundo turno na Câmara até o dia 15
de julho. Essa seria uma data limite para que pudéssemos votar aqui em
primeiro turno. O PIB divulgado é prova de que essa conspiração
asquerosa, mais do que um ataque ao governo, é um ataque à economia
brasileira e um ataque ao Brasil”, afirmou Marun.
Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS), vice-líder da Minoria na
Câmara, destacou que, apesar do aumento do PIB, a economia piorou na
gestão Temer. Para ele, o Planalto não tem votos para aprovar a reforma
da Previdência.
“A minha avaliação é que a economia brasileira só tem piorado ao
longo deste ano de governo Temer. O principal indicador dessa piora é
que o Brasil perdeu 2 milhões de empregos durante este último ano. Nesta
semana, eles mantiveram as votações, porque eram projetos de acordo. O
governo Temer não consegue aprovar a reforma da Previdência, tanto é que
tem medo de pautar”, disse Fontana.
Agência Câmara
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