Em abril, o mercado de trabalho brasileiro seguiu os mesmos passos do
mês anterior. Mais uma vez, a taxa de desemprego subiu, chegando a
6,4%, e a renda média sofreu redução, conforme apontam os números
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (21).
O índice é o maior para meses de abril desde 2010, quando ficou em
7,3%. Em abril de 2011, o
indicador também havia alcançado esse valor.
Em março deste ano, a desocupação havia atingido 6,2%.
De acordo com o IBGE, considerando todos os meses, o desemprego em
abril também é o mais alto desde março de 2011, quando atingiu 6,5%.
“Significa uma taxa estável em relação a março. No entanto, 6,4%,
estatisticamente, representa crescimento da taxa de desocupação em
relação abril do ano passado, que foi 4,9%. (…) Nesse mês de abril, na
comparação com 2014, o aumento veio do crescimento daqueles que procuram
[por trabalho]”, explicou Adriana Araújo Beringuy, técnica de trabalho e
rendimento do IBGE.
A pesquisa é feita nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
A população desocupada chegou a 1,6 milhão de pessoas em abril,
praticamente o mesmo valor do mês anterior. Já na comparação com abril
de 2014, esse número cresceu 32,7%. Segundo o IBGE, esse é o maior
crescimento anual da população desocupada desde março de 2002.
“A gente percebe que, em relação ao ano
passado, a gente está com movimento de crescimento e patamares mais
altos. O que ocorre de diferente agora é que a gente vem observando
desde janeiro para cá um aumento importante e seguido da desocupação, ou
seja, aumento da pressão sobre o mercado de trabalho”, afirma a técnica
do IBGE.
Na outra ponta, o IBGE estima que a população ocupada tenha somado
22,8 milhões – “refletindo estabilidade nas análises mensal e anual.”
“O que está acontecendo simultaneamente a essa expansão [de pessoas
procurando por trabalho] é uma tendência de redução da população
ocupada. E além disso, um menor crescimento da chamada população não
economicamente ativa”, diz Adriana Beringuy.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor
privado bateu 11,5 milhões – valor 1,9% abaixo do resultado de abril do
ano passado. Em relação ao mês anterior, não houve variação, de acordo
com a pesquisa.
fonte : Blog do Gordinho
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